Mensagem da Embaixadora
Foi para mim uma honra e um privilégio ter sido nomeada Embaixadora de Portugal no Quénia, com o mandato de dinamizar as relações bilaterais e promover os laços culturais e económicos.
As nossas relações datam do final do século XV e deixaram marcas na cultura queniana. Abundam as palavras em Suaíli de origem portuguesa, como por exemplo padre, pipa, roda, pão, papa. Além disso, deixámos um legado arquitetónico, que é hoje Património Mundial da Unesco. Nesse sentido, terei a grata tarefa de promover a difusão da língua e cultura portuguesas e trabalhar em conjunto com as autoridades quenianas no sentido de divulgar a história desse património.
A nível das relações económicas, possuindo o Quénia uma das economias mais avançadas do continente africano, existe uma considerável margem para fomentar as trocas comerciais entre os dois países, pelo que procurarei dar a conhecer as potencialidades e oportunidades de negócio existentes neste país, bem como as vantagens de investir em Portugal.
Um importante fator de união entre Portugal e o Quénia são as interações entre os respetivos povos. Daí o importante papel desempenhado pela comunidade portuguesa radicada neste país, sobretudo nas regiões de Nairobi e Mombaça, a quem procurarei servir da melhor maneira possível.
Portugal e o Quénia serão em breve os coorganizadores da Cimeira das Nações Unidas sobre os Oceanos, que se realizará em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho 2022. Estando em causa questões vitais para todos nós, este evento constituirá também uma oportunidade para expandir a cooperação bilateral no domínio dos oceanos. A este respeito, Portugal participa no Project Go Blue, cujo objetivo é fazer avançar a agenda da economia azul nas regiões costeiras do Quénia.
Os nossos países possuem pontos de vista coincidentes em relação a vários temas cruciais da atualidade internacional. Também neste campo, procurarei incrementar o diálogo já existente e contribuir para estreitar ainda mais os profundos laços que nos unem.
Ana Filomena Rocha
Embaixadora de Portugal em Nairobi